O consumo é algo inerente ao ser humano, não há como sobreviver hoje sem se consumir, plantar uma hortaliça no quintal ou ter nele árvores frutíferas, já não é mais uma opção tão simples, em razão dos espaços cada vez menores. Ressalto que existem ótimas alternativas, até mesmo para apartamentos, como vi em Lisboa-Portugal, hortas comunitárias em terrenos de praças, onde cada morador tem cerca de 2 m2 para cultivar pequenas frutas e hortaliças variadas. Entretanto, sabemos que não é todo consumidor que age com consciência, a maioria parece consumir produtos para suprir uma necessidade de inclusão social ou para se sentir bem.
Compreendo a preocupação dos pais que ainda tem filhos pequenos, diante do desafio em educá-los para crescerem com uma maior consciência do que comprar, e até mesmo diante da necessidade de buscar meios para tentar protegê-los.
O maior problema que identifico está na ausência de limites por parte daqueles que fazem do consumo algo que desrespeita a condição desses pequenos seres em formação, tanto física, como mental e que não têm capacidade plena de discernimento.
De outro lado, há inúmeras empresas que já começam a se preocupar com a sustentabilidade e com a coerência desse tema em relação a sua cadeia produtiva. O exemplo da empresa Patagônia, que deixou de comprar lã de produtores que tratavam as ovelhas com crueldade, ilustra bem esse posicionamento que vem aos poucos conquistando cada vez mais público.
Acredito que a partir do momento que cada um de nós opta por melhorar nosso jeito de consumir, passando a comprar roupas com tecidos reciclados, produtos saudáveis, etc, de certo modo influenciamos pessoas e as estratégias de marketing com certeza convergirão para esse nível de trabalho e consciência.
Regina Fraguito.